domingo, 19 de junho de 2011




“Eles se amam. Todo mundo sabe, mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Elas continuam vivendo suas vidinhas idealizadas e eles continuam idealizando suas vidinhas. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos uns para os outros. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Todas as noites elas pensam neles, e todas as manhãs eles pensam nelas. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com eles for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”

Uma homenagem a todos que viveram um sonho, e continuam sonhando em vivê-lo novamente.

Por Ighor Ferreira.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lost!

Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across

Just because I'm hurting
Doesn't mean I'm hurt
Doesn't mean I didn't get what I deserved
No better and no worse

I just got lost!
Every river that I tried to cross
Every door I ever tried was locked
Ohhh and I'm just waiting 'til the shine wears off

You might be a big fish
In a little pond
Doesn't mean you've won
'Cause along may come
A bigger one

And you'll be lost!
Every river that you tried to cross
Every gun you ever held went off
Ohhh and I'm just waiting until the firing's stopped
Ohhh and I'm just waiting 'til the shine wears off

Ohhh and I'm just waiting 'til the shine wears off
Ohhh and I'm just waiting 'til the shine wears off

Coldplay

domingo, 19 de setembro de 2010

Gargalhadas

Pra que buscar recaída,
Reviver o drama,
Mexer na ferida?
Por onde se engana o coração
Se encontra a saída pra vida

Tempo de ver que é maldade
Martelar as horas no chão da saudade
Embora agora a contradição,
O tempo que pôs essa dor nessa conta
É quem desconta
Passa e te aponta o ponto de...

Sorrir mais
Soltar gargalhadas
Deixar pra trás
O que te entristece
Tece teus ais
Rir mais
Soltar gargalhadas
Deixar pra trás
O que te entristece
Tece teus ais


5 à seco

Composição: Pedro Viáfora / Pedro Altério

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Credor

Ela disse assim: "Pára. Não quero mais nada com você. Não lhe devo nada, por favor, não faça como se eu devesse."
Vadia.
Como alguém pode dizer uma coisa dessas? Como alguém, depois de acabar um relacionamento de maneira tão súbita da maneira como acabou, pode dizer em sã consciência que não deve nada ao outro? Não, não, eu digo que ela me deve muito. E estou aqui para cobrar.
A começar, devolva-me o tempo que perdi planejando nosso futuro. Planejando com todo o cuidado as nossas noites juntas, o que lhe diria ao talvez pedir sua mão, as nossas férias pra esse janeiro, a comida da semana que vem. Devolva-me também o relógio que lhe dei no último natal, pra você ser um pouco menos avoada, ser menos perdida no tempo e espaço, pra não perder a hora dos nossos encontros ou das suas consultas médicas.
Devolva-me as canções que fiz pensando em você, as melodias que me soam completamente desafinadas agora, minhas tentativas vãs de te fazer aprender a tocar violão, seus dedos correndo o braço desengonçados, a maneira como você escondia a cabeça no violão, depois levantava sorrindo e dizia "toma, vai. não consigo". Devolva-me a maneira como me sentia bem ao tocar para mim mesmo velhas composições, como me sentia respeitando grandes nomes da música ao tocar sem errar uma nota suas letras de amor. Devolva-me também meu caderno de rabiscos musicais e, se não for pedir muito, devolva-me minha coletânea de MPB que eu guardei com todo o cuidado e que você sempre desarrumava querendo saber o nome de tal música.
Devolva minha solidão ao dormir, meu costume de dormir em qualquer lado da cama sem me sentir mal. Devolva-me o ar do colchão que levaste e deixaste o seu lado amassado dando uma sensação patética de vazio. Devolva-me também meus tampões que usavas pra não ter que me ouvir roncar.
Devolva minha vontade de chegar em casa e descansar sozinho. Devolva minha habilidade de cozinhar e de gostar da comida que cozinho quando chego do trabalho. Devolva meu prazer de sentar à mesa e não ter de ouvir seus lamentos e suas histórias do dia. Devolva meu prazer de não contar à ninguém sobre meu dia, só aos fins de semana, no bar com meus amigos. Devolva meu cheiro às minhas coisas, tire daqui seu perfume que empesteou meu lar, meu nariz, enevoou meus sentidos. Devolva também aquele meu livro favorito, que você sempre esquecia de me devolver.
Devolva meus sorrisos, minha alegria de viver, de me sentir pertencendo à este mundo. Devolva meu prazer de acordar todas as manhãs para fazer o que quer que eu tenha que fazer. Devolva minha indiferença ao ver casais de mãos dadas nas ruas, falando sabe-se-lá-o-quê ao pé do ouvido, se beijando tão apaixonados. Devolva meus risos sinceros, devolva meu gosto por abraçar outras pessoas que não sejam você. Devolva minha vontade de beijar outras mulheres até mais bonitas que você. Devolva meu coração - por favor, devolva meu coração para que eu possa dá-lo à alguém que o consertará. Que cuidará dele da maneira como você cuidou tão bem, mas que não o jogará na parede ou deixará escorrer pelas mãos, caindo em câmera lenta e se partindo em milhares de pedacinhos no chão. Que o deixará seguro na prateleira, no travesseiro ou dentro da bolsa que usa todo dia. Que o guardará junto ao seu coração e que cumprirá a promessa de tê-lo inteiro até o fim.
Devolva-me.

Por: Maýra A.
http://des-confidencial.blogspot.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

E fim

Será que dá pra recomeçar do fim?
Fazer da parede um mosaico
Com fotos que rasguei?
Transformar meu rancor
De volta no teu abraço protetor?
Fazer do meu silêncio,
Aquela música preferida
E da minha lágrima,
Sua risada mais bonita?
Estamos remendados.
Agora já não posso fazer nada.
Vou deixar o céu se fazer noite,
Negra e estrelada.
E esperar a tristeza.
Mas uma hora dessas o sol vai chegar.
O pior mesmo é saber
E é exatamente aí que
Eu não vou ter mais nada de você.

Por: Marina Flora