“Eles se amam. Todo mundo sabe, mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Elas continuam vivendo suas vidinhas idealizadas e eles continuam idealizando suas vidinhas. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos uns para os outros. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Todas as noites elas pensam neles, e todas as manhãs eles pensam nelas. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com eles for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”
Uma homenagem a todos que viveram um sonho, e continuam sonhando em vivê-lo novamente.
Por Ighor Ferreira.